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Pinacoteca Municipal Dr. Constâncio Cintra
Praça Pádua Salles, Nº 174 – Centro, Amparo – SP
9 de dezembro de 2023 a 28 de janeiro de 2024
Porque os homens são anjos nascidos sem asas, é o que há de mais bonito, nascer sem asas e fazê-las crescer.
José Saramago
Apresentamos nesta exposição um recorte da produção da artista Patrícia Pedrosa, que tem dedicado a sua investigação poética ao campo da gravura em suas mais distintas formas de apresentação. Em Fantasia Barroca a artista reúne dois elementos centrais e recorrentes nas representações do estilo europeu: os anjos e as penas. Ambos funcionam como artifícios, uma vez que assumem o lugar simbólico das coisas. Aqui a fantasia ganha corpo nas linhas sinuosas, na sobreposição das cores, nas penas, na sensação de leveza que os seres alados deixam transparecer. O interesse sobre estes seres angelicais faz com que a artista esteja produzindo trabalhos para esta série há alguns anos e utilizando materiais que também possuam um significado particular, como o fundo do berço que seu filho usava quando era pequeno ou um taco de madeira dado pelo seu professor em um momento significativo. Assim como anjos, temas e esperanças, para a artista os materiais, matrizes e suportes importam.
Uma das características mais importantes do Barroco religioso, que chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses, é a persuasão. Através do estilo artístico a fé católica foi propagada em todo país e incutiu na cultura elementos que são muito familiares para cada um de nós. Por isso reconhecemos facilmente alguns artefatos religiosos ou achamos familiar a presença das torres sineiras nas igrejinhas com o seu pontual badalar. Como não poderia ser diferente com Patrícia Pedrosa, os elementos e figuras presentes nas obras compõem um conjunto imagético que é facilmente reconhecível, em virtude de nosso passado colonial, mas também pela clareza com que a artista constrói e apresenta as suas gravuras. Nelas os anjos são cativantes e os arabescos conduzem nosso olhar num agradável passeio. As cores ora intensificam a exuberância das imagens, ora acalmam a nossa visão preparando o nosso trajeto na exposição.
A experiência que Patrícia Pedrosa nos oferece em Fantasia Barroca atravessa o sentido estrito das imagens. Pois, não são apenas anjos ou arabescos, são encantamentos visuais que nos persuadem a olhar para as imagens e nos deixar levar por elas, viajar na materialidade da gravura, imaginar o seu processo. Depois disso, nos permitem retornar para o objeto percebendo que fomos tocados – simbolicamente – pelas imagens e que elas disseram algo individualmente a cada um de nós. Sendo assim, permita que as imagens atravessem os seus sentidos e produzam um pequeno encantamento estético no seu olhar, ou melhor, em você. Afinal, você sairá desta exposição com uma certeza dita pela própria artista: “Você é um anjo!”
Shannon Botelho
2023
Centro Cultural Correios
Rua Visconde de Itaboraí, Centro – RJ
28 de setembro de 2023 a 11 de novembro de 2023
Nesta exposição, professores e estudantes dos cursos de pintura e gravura da Escola de Belas Artes da UFRJ, propõem a construção de um olhar de pintura concomitante a um pensamento gráfico: de que modo certos elementos (corpo, paisagens, signos, geometria, palavras, frases, fotografias, objetos) se conectam ou poderão se conectar no espaço expositivo − nada tão diferente de ateliês coletivos, escolas e processos de aprendizagem. Esse espaço, que pode ser contemplado, parece conter muitas histórias, da pintura, da gravura, da vida pessoal e coletiva, como uma angustiante janela que nos instiga a olhar também para dentro. Dessa forma, a ilusão, o literal, e o conceitual existem no mesmo espaço e são ativados pelos mesmos recursos formais. Essa espécie de “janela-EBA” nos leva a uma bifurcação, entre a contemplação e a análise, talvez similar ao pensamento que o pintor Paul Cézanne (1839-1905) elaborou profundamente na pintura moderna: um quadro não é uma janela, mas uma superfície que merece ser contemplada e analisada. Assim, ainda que uma superfície pareça interromper um fluxo ilusionista, há nela muito a esperar e refletir.
Esse discurso estético abrange tanto convenções tradicionais de pintura e gravura quanto estratégias contemporâneas, como apropriação e inserção de objetos encontrados, exemplificada pelo pioneirismo de Kurt Schwitters. Hoje, esse encontro de pintura e realidade muitas vezes se dá de forma inversa, posto que a pintura se insere na realidade.
Alguns trabalhos parecem induzir o espectador a interpretar o objeto e seu aspecto, conectado a uma necessária perspectiva psíquica e crítica sobre o mundo ao qual ele está relacionado. Por outro lado, há uma dimensão dos trabalhos que, liberados de seus pontos referenciais, mesmo que momentaneamente, nos conectamos com a materialidade do objeto. Assim, de maneira geral, estão nessa categoria; sempre propondo um lugar de crise, mas também demarcações de espaços de percepção sensorial, matérias apenas. Em suma, parecem pertencer a lugares “mais frágeis”, fazem parte da história da vida de muita gente e, ao mesmo tempo, revelam a história de sua própria materialidade.
Marcos Abreu
Memorial Municipal Getúlio Vargas
Praça Luiz de Camões, s/n Glória – RJ
26 de outubro de 2022 a 5 de fevereiro de 2023
Os artistas apresentados nessa mostra são formandos de 2022 do curso de Gravura da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como alunos passaram pelo isolamento exigido pela pandemia de Coronavírus e pela experiência das aulas remotas, e têm em suas contas os ônus e os bônus desses fatos. Para um artista de gravura, acostumado ao coletivo, o trabalho longe do ambiente dinâmico do ateliê teve impacto pessoal, emocional e profissional, uma vez que, em geral, os artistas não dispõem individualmente da pesada estrutura de ateliê: o espaço físico, equipamentos e produtos químicos. Em contrapartida, receberam um reforço em teoria e história da gravura para as suas elaborações conceituais e o enriquecimento de seus repertórios gráficos pelos esforços de uma produção artística domiciliar adaptada a materiais alternativos. Fizeram suas próprias pontas secas e gravaram em suportes não convencionais como embalagens de tetrapak, pvc e papelões. Com o fim da quarentena, no retorno ao ateliê, essas experiências se conjugaram às técnicas tradicionais da gravação em côncavo, como o talho doce, maneira negra, água forte, água tinta e outras, abrindo o campo gráfico, sempre em expansão. A ampliação de possibilidades materiais e técnicas produziu alargamentos e aprofundamentos poéticos, cujos resultados veremos nas obras expostas.
Ana Clara Lemos tece, através de cenas aparentemente banais, versos líricos em hachuras sutis, como recortes dos momentos fugidios do cotidiano, descobrindo a poesia escondida sob a efemeridade.
As linhas sinuosas de Cecília Abreu oscilam entre o aquático e o etéreo e, quando formam figuras, são evocações texturadas de perguntas silenciosas diante das vidas anônimas transformadas em números.
Para lidar com o distanciamento do individual e os transtornos, Flórez se apropria do imaginário do tarot, valendo-se da antinomia do oráculo, um sistema coletivo e aberto revelador do mistério e do secreto individual.
As gravuras de Felipe Klen são como fotogramas, quadros de filmes de animação cujas cenas, personagens e paisagens parecem ter saído de histórias orientais, de grafismos e tonalidades delicadas e exóticas.
Gutz Grilla cria uma nova mitologia com personagens híbridos saídos de um tempo circular, mesclando o antigo monstruoso com uma estética pós-moderna para, desta maneira, lidar com profundas questões humanas através do humor e da fantasia.
A arquitetura fantástica de Juliana Nobre se projeta nos espaços das possibilidades, a criatividade como resposta à precariedade, a adaptabilidade como uma metáfora da reinvenção da vida na sobrevivência.
Através da figuração de animais, em tênues e sensíveis gradações tonais, Livia Coelho cria narrativas visuais que remetem às fábulas e aos contos maravilhosos.
Luiane Amorim é, em sua gravura, pura tradução dos afetos: seus embates com as técnicas incidem numa poética que se materializa a partir das suas relações com o outro e consigo mesma.
A poética de Má Ferreira se funda na síntese, na busca filosófica do essencial. As figuras de seu imaginário funcionam como elementos compositivos ou modulares, parte de uma pesquisa gráfica que transita entre signo e símbolo.
Otto Drummond mergulha nos fundamentos da gravura partidário de um grafismo vigoroso, que testa os limites que a materialidade impõe ao gesto na pesquisa da expressividade das possibilidades gráficas.
A série Unboxing parte da observação de Patrícia Pedrosa de comportamentos que se configuraram durante a pandemia do coronavírus desenvolvendo-se numa poética que incorpora embalagens com suporte de gravuras.
Tainá Verde encontra nas transferências de fios e tramas físicos para a gravura em metal os argumentos visuais de suas criações, emaranhamentos que sugerem micélios, filamentos e ramificações, indícios de vida.
Patrícia Pedrosa
Caza Arte Contemporânea
Rua do Rosário, 74 Centro – RJ
26 de outubro de 2022
14º Encontro Triplo no Triplex
3 de novembro de 2022
Patrícia Pedrosa, Ana Cople e Vanessa Guida
Museu do Ingá
Rua Presidente Pedreira, 78 Niterói – RJ
8 de outubro de 2022 – 13 de novembro de 2022
Por meados de 2020, reagindo ao distanciamento social/Covid-19 e sensível aos sinais percebidos em seus relacionamentos próximos, a artista Denise Vieira pensou como a arte – ofício e poesia – numa “ferramenta para re-energizar ou curar um pouquinho de um momento tão difícil”, em suas palavras.
Daí gestou o álbum Impressões: Travessia 20-22.
Ciente de que a arte tem o dom da tradução estética das experiências humanas produzindo sentidos a partir das emoções, sua provocação e persistência resgataram artistas afastados de suas oficinas – a gravura, que por seus dispositivos técnicos, é um labor preferencialmente coletivo.
Desse modo, reuniu artistas, entre os formados em Gravura na EBA/UFRJ e da Oficina Livre de Gravura/SESC apresentando assim obras inéditas desenvolvidas especialmente para esta proposta durante todo esse período desafiador, numa verdadeira travessia, através da espera de retomada dos espaços artísticos e da própria vida e do tempo, forçando a criação em processos alternativos.
Este álbum figura assim como vitória e afirmação humana e artística nesses tempos estranhos.
Patrícia Pedrosa
Rio, 2022
Idealização Denise Vieira
Coordenação Gian Shimada
Memorial Municipal Getúlio Vargas
Praça Luís de Camões, s/n Glória – RJ
10 de julho de 2022 – 18 de setembro de 2022
Veja todas as gravuras dessa exposição clicando abaixo
Museu de Arte de Blumenau – Blumenau, SC
Curadoria: André de Miranda .
25 de novembro de 2021- 16 de fevereiro de 2022
Memorial Municipal Getúlio Vargas – Rio de Janeiro, RJ
Curadoria: Patrícia Pedrosa
Dezembro de 2019 – Exposição física
Abril de 2020 – Exposição Virtual/permanente
Galeria Van Dijk – Centro de Cultura Raul de Leoni – Petrópolis, RJ
curadoria: Shannon Botelho . novembro de 2019.
Casa da Ipiranga – Petrópolis – RJ
27 de setembro a 27 de outubro de 2009
Espaço Cultural Peter Brian Medawar – Petrópolis – RJ
26 de fevereiro a 14 de março de 2010
FANTASIA BARROCA – Pinacoteca Municipal Dr. Constâncio Cintra, Amparo, SP
FANTASIA BARROCA – Memorial Municipal Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, RJ
PAISAGENS – Espaço Cultural Peter Brian Medawar, Petrópolis, RJ
PAISAGENS – Espaço Cultural Peter Brian Medawar, Petrópolis, RJ
PAISAGENS – Casa da Ipiranga, Petrópolis, RJ
GRAVURAS – Galeria Sesc, Nova Friburgo, RJ
GRAVURAS – Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, Niterói, RJ
DESENHOS E GRAVURAS – Espaço Cultural Cêfel, Nova Friburgo, RJ
Ex-líbris: pequenos artefatos artísticos - Seção de Obras Raras BCN/UnB - DF
Na direção dos ventos - Galeria Vitrine das Artes - Petrópolis - RJ
Meteoro do Amor: instalação artística - Agrofloresta Monalisa - Tuiuti - SP
Resistência: Pintura e Gravura Contemporâneas - Centro Cultural Correios - Rio de Janeiro, RJ
Niterói e os Ex-Líbris - Biblioteca Central do Gragoatá na Universidade Federal Fluminense - Niterói , RJ
Impressões: Travessia 20-22 - Museu de História e Artes do Estado do Rio
de Janeiro [Museu do Ingá/FUNARJ] - Niterói, RJ
Vestígios Calcográficos- Memorial Municipal Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, RJ
Quinzena de Gravura: Edição Especial - Triplex / Caza Arte Contemporânea - Rio de Janeiro, RJ
Ex-Líbris: Marca de uma Identidade - Museu de Arte de Blumenau - Blumenau, SC
O Presente do Mestre [virtual] - Memorial Municipal Getúlio Vargas, Facebook, RJ
Museu Florestal: uma inspiração – Museu Florestal Octávio Vecchi, São Paulo,
Sua Majestade: Arte – Casa da Princesa Isabel, Petrópolis, RJ
O Presente do Mestre - Memorial Municipal Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, RJ
1ª Mostra Latinoamericana de Gravura – Londrina, PR
Ex Libris: marca de uma identidade – SESC, Palmas, TO
A cara do Rio – Centro Cultural dos Correios – Rio de Janeiro, RJ
Mulher que faz a diferença | 3 edição – SEEDUC, Rio de Janeiro, RJ
Territórios – Kunst Galeria de Arte, Petrópolis, RJ
Gravuras | Patrícia Pedrosa e Elisa Gomes – SESC Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ
Gravuras | Patrícia Pedrosa e Elisa Gomes – SESC Tijuca, Rio de Janeiro, RJ
Imprimindo seres Gráficos – Espaço Cultural FESP, Rio de Janeiro, RJ
Exposição Coletiva de Gravura – Estação do Chopp, Rio de Janeiro, RJ
I Muestra Latina Americana de Miniprint em Rosario – Argentina
Exposição de Formandos – Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, RJ
Exposição Ruídos – Espaço Cultural Caixa Econômica, Natal, RN
Rio-Porto Coletiva de Arte – Estação marítima de Passageiros, Rio de Janeiro, RJ
Exposição de Litografias da Escola de Belas Artes – Espaço Cultural FESP, Rio de Janeiro, RJ
Patrícia Pedrosa e João Viannei – Galeria SESC, Niterói, RJ
Exposição EBA OBA – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ
Exposição de Litografias dos Alunos da EBA – Centro Macaé de Cultura, Macaé, RJ
Exposição de Litografias – Espaço Cultural Tokio Jazz, Macaé, RJ
IV Jornada de Iniciação Artística e Cultural, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ
I Salão de Gravuras Plaza Shopping, Niterói, RJ
Três Expressões – Country Club, Nova Iguaçu, RJ
Gravura em Seis Tempos – Centro de Artes, Nova Friburgo, RJ
Ecologia na Praça – Biblioteca Estadual, Niterói, RJ
I Coletiva de Artes Plásticas de 92, Parthenon Centro de Arte4 e Cultura, Niterói, RJ
II Jornada de Iniciação Artística e Cultural – UFRJ- Premiação em Computação Gráfica
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