fbpx

Maria Bonomi com a gravura: do meio como fim ao meio como princípio

Maria Bonomi com a gravura do meio como fim ao meio como princípio_livro_patricia pedrosa

R$ 75,00

O livro trata da forma transgressora que esta artista lida com a gravura. Bonomi iniciou sua carreira em fins de anos 50, fase de transição entre a arte moderna e a contemporânea. A gravura é seu grande trampolim no salto para o contemporâneo, no qual a pauta é a impureza, o híbrido, sem limites. O nome do livro foi escolhido pelo fato de a artista não usar a gravura apenas como meio expressivo ou finalidade última, mas por fazer da gravura o princípio de todas as suas experimentações e ousadias.

  • Editora: Rio Books
  • Organização: Patrícia Pedrosa
  • Formato: 16cm x 23cm
  • Págs: 140
  • Ano de publicação: 2021
  • ISBN: 9786587913223

Maria Bonomi com a Gravura: do meio como fim ao meio como princípio é sobretudo um guia incendiário “de” como é a Arte que pratico… Obra de construção e acolhimento. Promulga definitivamente a polinização da “linguagem” Gravura para a contemporaneidade. Ilimitada, híbrida e transformadora. Quem “encarar” esta leitura com o peito aberto ganhará tempo em seu percurso profissional seja criativo ou pedagógico. Queimará etapas por ser um estudo sólido no revelatório de um processo bem intimo de “criação” (não gosto deste termo aplicado à busca da artista individual) com fidelidade à poética “na narrativa” até à construção (realização) material da imagem. Nada ficou para ser acrescentado. Eis que me assusta Patrícia Pedrosa, por ser também artista gráfica, pela autoridade participante com que desvela o tumulto do primeiro momento, os delírios da elaboração e a dor do inconcluso final. O cerne conceitual perde seu mistério se decifrado, é capturado explicado e exposto. Patrícia Pedrosa, cúmplice, decodifica legitimamente os caminhos secretos do fazer. Importa agregar e libertar o conhecimento sempre. Tudo acontece às claras. Este mestrado é movido pela responsabilidade didática.

A linha do tempo e as influências do entorno são dissecadas e explicitamente registradas. Nada escapou. Há também uma garimpagem pontual de textos de outras autorias e a captura de resultados fundamentais. Nunca me senti tão despida mas motivada no passado, presente e futuro. Até minhas experiências e indecisões foram promovidas a matéria-prima para todos os leitores.

Esta dissertação ampliou a razão acadêmica e faz desejar que se continue destacando os avanços desde 2016, quando foi escrita. Continuei caminhando, tirei novas conclusões, fiz outras perguntas, nada se encerrou, se antes havia causas agora há os efeitos… Para mim o conteúdo de meu trabalho foi tão sentido e não apenas analisado que habilita o leitor, seja ele leigo ou não, a viajar seguramente pelos caminhos da Arte. Mastiga até os detritos e os restitui como meios para desvendar o sagrado…

– Maria Bonomi

Resenha: Entre a poesia e a realidade, Maria Bonomi faz a arte da cidade

Sua gravura sai pelas ruas e se torna arte para todos. Uma história apresentada em livro por Patrícia Pedrosa

A arte de Maria Bonomi – com os seus sulcos, ranhuras, linhas infinitas – sai pelas ruas das cidades do Brasil dialogando com a população. Em São Paulo, está nas estações Jardim São Paulo e Luz do Metrô, na conhecida Igreja da Cruz Torta, nas fachadas gigantescas de um edifício na Avenida Paulista, na esquina com a Rua Bela Cintra e no Memorial da América Latina, entre outros lugares. É essa conversa poética de seis décadas que Patrícia Pedrosa, artista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) registra no livro Maria Bonomi com a Gravura: do Meio como Fim ao Meio como Princípio. A edição é um lançamento da Rio Books.

Patrícia Pedrosa, autora de Maria Bonomi com a Gravura – Foto: Thaís Stutzel
“Neste trabalho procurei abordar as mutações que a artista operou na gravura com a gravura e, a partir dela, desde o pensamento moderno até a contemporaneidade”, esclarece a autora. A trajetória de mais de seis décadas de Bonomi é apresentada em uma seleção de 18 obras produzidas entre 1957 e 2016. “Minha meta foi destacar as que evidenciam as transgressões e os saltos que Maria dá com a gravura como se fosse um grande trampolim, como ela mesma define.”