Poesia Alada é uma gravura cujo criação foi se desdobrando, em experimentações de cores tanto nas tintas quanto nos papéis de suporte, e para além disso, com as próprias matrizes cujas combinações originaram outras imagens. Primeiro, ela foi impressa em duas cores, o preto com laranja (versões A) e preto com azul (versão B). A matriz para a segunda cor gerou as gravuras em versões únicas sobre papeis de cor (preto, branco, bronze e cobre). Recebendo o mesmo nome e numeradas do 1 ao 4, são diferentes da Poesia Alada inicial, porque parti da segunda matriz, a que resultou da inversão, processo litográfico que produz um negativo da imagem inicial. Portanto não se trata de versões, mas de experimentações a partir das transformações da matriz primária. Em “Despojar-se” houve a combinação das 2 matrizes, a primeira e seu negativo, rebatidas como um espelho. Esta gravura ainda recebeu uma terceira cor oriunda de uma terceira matriz em alumínio, processo litográfico conhecido como algrafia ou aluminografia. Gravuras cuja criação envolveu combinação de litografia e algrafia, pedra e metal, inversão e redução de imagem, sonho, vida e poesia como matéria prima e método.
Fazem parte da série Fantasia Barroca e estão à venda no site.